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sexta-feira, 13 de julho de 2012

It's only rock'n'roll but I like it






É de conhecimento de muitos - pelo menos da grande maioria conectada às redes sociais - que hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. A data surgiu quando Bob Geldof organizou o Live Aid, que tinha como objetivo o fim da fome na Etiópia. Eram dois shows simultâneos, um em Londres e o outro na Filadélfia. Isso foi em 1985.

Mas por que o rock tem um dia só dele? 

Por que não existe dia do jazz, do soul, da música clássica, do country, do axé...?

Elementar, meu caro leitor. Eu sei que os gêneros musicais são muitos, eu sei que novos surgem a cada ano (às vezes nem são tão novos assim, vide o tal "sertanejo universitário" que nada mais é que a música sertaneja com uma roupa mais moderninha, digamos assim). Mas, na boa, nenhum mobiliza tantos fãs como o bom e velho rock'n'roll.

Desde quando surgiu, lá em meados da década de 50, o rock já se reinventou das mais diversas maneiras, e continua se reiventando. Pode ser rockabilly, psicodélico, punk, hard, folk, acid, metal, gospel... e quantos outros mais a criatividade dos músicos permitirem. Consegue pensar em outro gênero musical capaz de ser tão mutante assim? Pois é, eu também não.

É claro que nem todo mundo é fã de rock. Que bom, já que, como dizia Nelson Rodrigues, "toda unanimidade é burra". Mas, por mais que você seja fanático por jazz, country, música eletrônica ou qualquer outro gênero musical, em algum momento da sua vida você já curtiu um bom e velho rock'n'roll. Seja quando tocou "We Are The Champions" na sua formatura, ou naquela festa em que você se acabou de dançar ao som daquele famigerado pout pourri do Jive Bunny And The Mastermixers, o rock já esteve presente na sua existência nesse mundo. E isso, amigo, não é pra qualquer um (nossa, que momento Galvão Bueno essa última frase!).

O fato é que vários gêneros musicais vão e vêm, entram e saem de moda, às vezes somem e depois voltam de cara nova, mas o rock... Ah! o rock sempre está presente. E sempre será uma influência para músicos das mais variadas vertentes. Se você duvida, pergunte aos próprios e depois me conte a resposta.

Talvez você discorde de tudo que eu escrevi aqui. Acho válido. Mas se puxar pela memória, se ouvir com atenção as músicas que você curte, vai ver que faz sentido. Seja num riff de guitarra, numa bateria mais pesada, numa regravação... Você vai ver que o rock está lá, mesmo que você não soubesse, ou não tivesse reparado.

Talvez você pense também que esse texto foi motivado pelo meu gosto pessoal. E foi mesmo. Posso dizer que sou uma pessoa desprovida de preconceitos musicais: escuto de Falcão (tenho testemunhas! rs) à AC/DC, passando por Billie Holiday e Abba. Tudo isso faz parte do meu repertório de músicas. Mas parte da minha vida quem faz mesmo é rock. É ele que está comigo quando eu estou feliz, puta da vida, triste, apaixonada ou com vontade de matar alguém. Então, se você acha que este texto é uma declaração de amor ao rock'n'roll, saiba: é mesmo.

É isso.

"Keep on rockin' in the free world!"