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sábado, 7 de janeiro de 2012

Face To Face | The Kinks (1966)



The Kinks, a banda dos irmãos Dave e Ray Davies, surgiu na Inglaterra em 1964. São conhecidos nos Estados Unidos como uma das bandas da chamada "Invasão Britânica", e até hoje são considerados um dos grupos mais importantes e influentes de sua geração.

Entre meados dos anos 60 e começo dos anos 70, os Kinks lançaram diversos singles e LPs que foram sucesso de crítica e vendas. O grupo ficou conhecido por suas canções e álbuns conceituais que retratavam a cultura e o estilo de vida britânico da época, muito bem retratados pelo estilo observador de Ray Davies, principal compositor da banda. Face To Face é o primeiro disco dos Kinks a contar apenas com composições dele, e marca o florescimento pleno do uso da narrativa em suas canções, com comentários sociais nas letras.


O livro diz que:
Face To Face marcou uma mudança de atitude para Ray, seu irmão e guitarrista Dave, o baterista Mick Avory e o baixista Pete Quaife. Pela primeira vez, eles passaram meses trabalhando num disco, dublando as faixas durante várias sessões. O disco também marcou o fim da parceria com o produtor americano Shel Talmy, cujo método de trabalho bate-pronto não servia para arranjos mais elaborados.





Concluindo
The Kinks não era uma banda estranha pra mim. Acho que como muita gente eu comecei por "Lola" ("La la la la Lola... La la la la Lola..."), e depois fui conhecendo mais algumas músicas através de um CD com uma coletânea deles que eu comprei quando estava na faculdade e também de trilhas sonoras de filmes (High Fidelity é uma delas, claro). Mas eu confesso que durante muito tempo os Kinks eram pra mim os "outros garotos da Inglaterra", aqueles que não estouraram tanto quanto os Beatles, mas que também faziam um som legal.

Pois bem, ouvindo Face To Face passei a encarar os Kinks de uma outra forma. Acho que em termos de arranjos e melodias, o som deles não é nada de outro mundo. Veja bem, não disse que é ruim. É muito bom, só não achei nada de extraordinário. O disco conta com vários efeitinhos sonoros em algumas faixas: trovões em "Rainy Day In June", um telefone em "Party Line", ondas em "Holiday In Waikiki", algo que eu não tinha escutado em outros discos ainda e que achei até interessante, pois cria uma certa atomosfera pro ouvinte. O cravo (acho que cravo devia ser super cool nos anos 60, gente. The Byrds, Beach Boys, The Kinks...) aparece também em algumas músicas. 

Pra mim, o destaque fica mesmo por conta das letras do Ray Davies,  algo que, aliás, já havia me chamado a atenção desde que ouvi "Well Respected Man" na trilha sonora de Juno. Ray critica de uma forma bem humorada - e até um pouco sutil, eu diria - a sociedade britânica da época. E é isso que torna o disco legal de se ouvir. O destaque pra mim fica por conta de "Sunny Afternoon", em que Ray Davies faz uma crítica a um estilo de vida fútil, regrado pelo luxo. Bem bacana.




Faltam 416 dias.
Faltam 935 discos.

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