"Procura-se quatro loucos entre 17 e 21 anos". Em 1965, produtores da NBC procuravam por músicos para um novo seriado, de onde surgiria uma banda que pudesse bater de frente com os Beatles. Quatrocentos e trinta e sete rapazes apareceram para os testes, e destes foram escolhidos apenas quatro: Mike Nesmith - um excelente compositor ligado ao country e à música folk -, o multi-instrumentista Peter Tork, Micky Dolenz, ex-astro mirim de uma série de TV e Davy Jones - que passou por todos os testes, apesar de já ter sido contratado antes pelo estúdio. Assim começa a trajetória do The Monkees.
Inicialmente, os quatro rapazes da NBC gravavam apenas como cantores, acompanhados de músicos de estúdio contratados pela gravadora. Acontece que em 1967 a banda, cansada de tanto controle, resolveu dar seu grito de liberdade e bateram o pé para que pudessem gravar um álbum autoral, com total liberdade de criação e onde pudessem atuar também como músicos. É nesse contexto que surge Headquarters, o terceiro disco dos Monkees.
O livro diz que:
Headquarters vendeu bem e, ao que parece, provou que a banda estava certa. Mas, a esta altura, discussões do tipo "são ou não são" não importavam mais. Autômatos ou autônomos, os Monkees eram um grande grupo com grandes músicas.
Concluindo
Os Monkees queriam provar para os hippies que zombavam deles na época que não eram marionetes, mas sim uma banda de rock. Acho que conseguiram.
Não acho que o disco se destaque tanto assim entre tudo aquilo que vinha sendo feito em termos de música na época. Não chega a ser uma grande novidade, não é recheado de experimentações com ritmos e instrumentos. É um disco pop, simples, e talvez por isso seja tão bacana e tenha dado tão certo. Num tempo em que tanta gente buscava a inovação, manter a simplicidade foi o grande diferencial dos meninos da NBC.
Gostei bastante da faixa de abertura do disco, "You Told Me". "For Pete's Sake" e "No Time" também são muito boas, mas o destaque do disco, pra mim, fica por conta de "Randy Scouse Git", música que fecha muito bem o álbum brincando com variações rítmicas. É, sem dúvida, a melhor faixa do disco.
Headquarters não faz dos Monkees verdadeiros gênios, mas mostra que os caras eram de fato músicos legítimos, com tanto cérebro, alma e coração quanto qualquer outra banda por aí.
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