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segunda-feira, 5 de março de 2012

Aftermath | The Rolling Stones (1966)



Aftermath  é o quarto álbum de disco dos Rolling Stones, e o primeiro da banda gravado inteiramente nos Estados Unidos, no lendário RCA Studios. É considerado um grande avanço artístico para o grupo, pois foi o primeiro disco só com composições da dupla Mick Jagger/Keith Richards.

Uma curiosidade sobre Aftermath é o fato de que Brian Jones toca, além da guitarra, uma variedade de instrumentos não tão comuns ao rock'n'roll, como a cítara, marimba e um tal de appalachian dulcimer (se você, assim como eu, também não faz a menor ideia do que seja isso, é só clicar aqui). O produtor Andrew Oldham fez o seguinte comentário:

                    "As contribuições de Brian Jones podem ser ouvidas em todas essas faixas gravadas no RCA. O que aquele cara não conseguia tocar, ele saía e aprendia. Você podia ouvir as 'cores' que ele encaixou em 'Lady Jane' e 'Paint It Black'".

O livro diz que:
Aftermath, ao contrário, era um álbum de verdade, sem sobras de gravações. Nele, os Stones expandiam seus limites - literalmente, no caso de "Goin' Home", ou de forma mais elaborada, em canções experimentais.




Concluindo
Nos anos 60, a coisa funcionava assim: os Beatles eram os mocinhos, e os Stones eram os bad guys do rock'n'roll. Acho que Aftermath veio, de uma certa forma,  pra consolidar essa imagem. Afinal, os Stones não tiveram medo de tocar em um assunto delicado como donas de casa viciadas em remédios em "Mother's Little Helper", nem de soarem um pouquinho machistas em "Under My Thumb".

Confesso que o álbum segurou mais a minha atenção até a faixa 6, "Goin' Home", um rock totalmente experimental de mais de 11 minutos. Merece destaque também "Lady Jane", uma balada elizabetana ao som do appalachian dulcimer de Brian Jones. Aliás, acho que é a criatividade de Jones e os novos instrumentos que ele agrega às canções que dão força às músicas. O disco é bom, vale a pena ouvir, mas, na minha opinião, ainda existem coisas mais bacanas dos Stones.

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