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segunda-feira, 12 de março de 2012

Chelsea Gril | Nico (1967)



O que Lou Reed, Brian Jones, Jim Morrison, Iggy Pop, Bob Dylan e Alain Delon têm em comum? A Nico! Sim, sim, esta cantora, compositora, modelo e atriz alemã já teve um envolvimento amoroso com todos eles, que - exceto por Alain Delon - contribuíram em sua carreira musical.

Em meados dos anos 60, Andy Warhol, então empresário do Velvet Undergound, propôs ao grupo ter Nico como vocalista. A banda aceitou, com uma certa relutância, e Nico fez o vocal principal em 3 faixas do disco de estréia do grupo, The Velvet Undergound And Nico. Após a turnê, em 1967, Nico e a banda seguiram rumos diferentes, o que não impediu que Lou Reed  e John Cale tivessem um papel importante na carreira solo da cantora.

Em Chelsea Gril, seu disco de estréia, Nico gravou composições de Jackson Browne, Tim Hardin, Bob Dylan e, é claro, Lou Reed e John Cale. Acontece que, devido às interferências do produtor, Nico não gostou do resultado final do álbum, e disse o seguinte:

                    "Tudo o que queria no álbum foi retirado por eles. Pedi percussão, disseram que não. Pedi mais guitarras, disseram que não. Pedi simplicidade, e eles o encheram com flautas! Trouxeram cordas também; não gostava delas, porém, podia aguentá-las. Mas a flauta! A primeira vez que ouvi o álbum, chorei, e tudo por causa da flauta."


O livro diz que:
O público não estava preparado para as obras-primas experimentais do art-rock, apresentadas por Nico e para sua atmosfera melancólica, e o álbum causou pouco impacto. Mas sua beleza desolada - e o trabalho único e provocador que Nico faria mais tarde com John Cale - fascinou gerações posteriores.


Nico e Lou Reed


Concluindo
Eu sei que estou correndo o sério risco de apanhar aqui, mas, como eu disse em uma das primeiras postagens deste blog, não sou crítica musical e o que eu escrevo aqui é um reflexo das minhas impressões pessoais sobre cada disco. Então, lá vai: na boa, se a Nico pode cantar e gravar um disco, eu também posso.

Digamos que a voz da moça não é das mais bonitas e afinadas de todos os tempos, e algo me diz que se ela não tivesse namorado com meio mundo da cena musical dos anos 60, ela não teria gravado esse disco. Ganha pontos pela autenticidade da sua voz grave e do seu sotaque carregado em uma época em que não existia Pro-Tools ou Auto Tune, mas é só.

A faixa de abertura, "The Fairest Of The Seasons", com um bonito arranjo de cordas, é uma das melhores do disco. "I'll Keep It With Mine", composta por Bob Dylan, também. "It Was A Pleasure Thing", com a microfonia das guitarras usada como efeito sonoro, me irritou um pouco.

Achei o disco um pouco chato. Concordo com a própria Nico quando ela diz que a maldita flauta estragou tudo. Talvez sem a tal da flauta e com mais guitarras, como ela queria, Chelsea Gril seria mais bacana de se ouvir. 

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