Astrud Evangelina Weinert é uma filha de mãe brasileira com pai alemão, nascida na Bahia e criada no Rio de Janeiro. Em 1959, acrescentou o "Gilberto" ao seu nome, depois de se casar com o pai da Bossa Nova, João Gilberto. Em 1963, o casal se mudou para os Estados Unidos, e Astrud participou das gravações de Getz/Gilberto (disco sobre o qual já falei aqui) a convite do marido, mesmo sem nunca ter cantado profissionalmente. O sucesso de "The Girl From Ipanema" a tornou famosa no meio do jazz, e mesmo depois de se divorciar de João Gilberto e 64, continuou vivendo nos Estados Unidos, onde está até hoje. Astrud também é conhecida por seu trabalho como pintora e pelo apoio que dá a causas de proteção aos animais.
O livro diz que:
Ex-mulher de João Gilberto, Astrud tinha aberto caminho nas paradas cantando "The Girl From Ipanema", na gravação de Stan Getz. Apesar da limitação de sua voz, entre 1963 e 1967 ela trabalhou sua maneira de cantar bem articulada de forma a criar um estilo sensual, e se tornou uma estilista com uma identidade vocal original.
Concluindo
O disco começa com um delicioso convite: "Stay... and we'll make sex with music". Opa! Difícil resistir? Huuummm... Nem tanto, eu diria.
O disco é bem simples, não há nada de impressionante. Fica claro que todas as melodias foram trabalhadas em cima da voz de Astrud, que canta quase sempre no mesmo tom (quando sobe, ou desce, é bem pouquinho). O que não faz dela uma cantora ruim ou sem graça. Só não é nada que você ouça e diga "Oooohhhh!".
A melhor faixa do disco é a faixa inicial, "Stay" (sim, a própria, a da "proposta indecente"! rs). Algumas músicas, como "Oba oba" e "Tristeza (Goodbye Sadness)" são pura bossa nova; outras já vão mais pro lado do jazz, como "The Face I Love". Em "A Banda (Parade)", Astrud canta os mais diversos tipos de parada numa música que me soou como uma versão em inglês de "A Banda", do Chico Buarque (dei uma pesquisada pra ver se era isso mesmo, mas não achei nada a respeito). Há ainda um momento fofura no álbum: em "You Didn't Have To Be So Nice", Astrud canta com o filho Marcello, então com 6 anos, uma canção com um quezinho de folk. Bonitinho.
Beach Samba é um disco gostosinho de ouvir. É pra fechar os olhos e se imaginar dirigindo um conversível pela famosa Avenida Niemeyer num ensolarado fim de tarde carioca. E só.
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