John Mayall's Blues Breakers é a banda pioneira do blues britânico, liderada, é claro, pelo cantor, compositor e multi-instrumentista John Mayall. O grupo foi formado em 1963, e durante toda sua carreira teve diversas formações diferentes, chegando a contar com contribuições de mais de 100 músicos ao todo.
Eric Clapton, que havia deixado os Yardbirds para se dedicar mais ao blues, se juntou à banda em 1965 e trouxe o ritmo do sul dos Estados Unidos para o primeiro plano do grupo. Em 1966, foi lançado John Mayall's Blues Breakers With Eric Clapton, que chegou ao top ten das paradas britânicas.
O livro diz que:
Na época em que John Mayall's Blues Breakers With Eric Clapton foi lançado, começaram a aparecer pichações em Londres que decretavam: "Clapton é Deus". Qualquer um que duvide da capacidade de Clapton como bluesman deve escutar esse abrasador disco de 1966, que incendiou a cena musical britânica.
Concluindo
Eu não sei qual é a distância entre o Mississipi e Londres. Mas John Mayall's Blues Breakers With Eric Clapton faz essa distância parecer bem, bem pequena.
Sem a menor sombra de dúvida, este disco é um dos melhores que já ouvi desde que este desafio começou. É blues da melhor qualidade. Seja nas variações rítmicas de "All Your Love" e "Hideaway" ou na pegada mais rock'n'roll de "Little Girl", John Mayall e sua banda não ficam devendo em nada aos grandes bluesmen americanos. O solo de bateria em "What'd I Say" é fantástico. E "Another Man", em que se ouve apenas vocais, palmas e uma gaita, é blues no seu estado mais puro.
E não dá pra falar sobre este disco sem falar sobre Eric Clapton. Ele merece um parágrafo só dele pra fechar este post.
Eu não sei se existe uma espécie de Monte Olimpo para os deuses da guitarra. Mas se existe, com certeza Etic Clapton tem um lugar de destaque por lá. Ele tinha só 21 (sim, vinte-e-um!) anos quando este disco foi gravado, e já era um puta de um bluesman. É absurdo o que ele faz com a guitarra. Mais absurdo ainda é pensar no quanto ele ainda evoluiria musicalmente depois deste disco. Indeed, Clapton is God.
Nenhum comentário:
Postar um comentário