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quarta-feira, 14 de março de 2012

Electric Music For The Mind And Body | Country Joe And The Fish (1967)





Após um tempo servindo à Marinha, o militante de esquerda Joe McDonald (que foi batizado de Joseph por seus pais em homenagem a Stalin) chegou a São Francisco pra estudar, que na época era um celeiro de estudantes radicais movidos a drogas e política. Joe rapidamente se viu inserido no cenário folk do local, juntando-se à Instant Action Jug Band, que mais tarde mudou de nome para Country Joe And The Fish (nome que faz referência a Stalin e Mao).

Em 1967, teve início o Verão do Amor. Sua origem vem de uma passeata pela paz que aconteceu no dia 15 de abril em New York e reuniu astros do rock, romancistas premiados, professores rebeldes e pessoas simples da classe média norte-americana, num total de aproximadamente 300 mil pessoas. Depois disso, comunidades hippies começaram a surgir em diversas cidades dos Estados Unidos e Europa. A maios e mais importante delas foi a de Haight-Ashbury, em São Francisco, onde jovens que viviam ali temporariamente se expressavam através da música, das drogas e do amor livre. A oposição à Guerra do Vietnã foi um impulso para que inúmeras pessoas buscassem valores e estilos de vida alternativos.

Foi nesse contexto que Electric Music For The Mind And Body foi lançado. O movimento psicodélico ainda engatinhava, e o disco da banda de "Country" Joe McDonald e Barry "The Fish" Melton abriu caminho para muitos que ainda estavam por vir.

O livro diz que:
Entrelaçando humor ácido em seus ácidos ritmos, Electric Music... é um dos discos mais coerentes do Verão do Amor e da geração hippie; as guitarras alternam efeitos suaves e golpes no cérebro; as letras contêm ataques satíricos a Lyndon Johnson ("Superbird") e épicos resolutos sobre drogas ("Bass Strings"); há blues, folk e rock para todos os gostos. E, no rastro deste álbum, o humor do país, sua juventude e sua música  mudaram completamente. Nada mal.




Concluindo
Eu consigo imaginar claramente uma sala cheia de hippies viajando depois da última dose de LSD ou o que quer que seja enquanto escutam esse disco. O que não é ruim, considerando a época em que ele foi lançado. É quase como dizer que, sei lá, o disco cumpriu seu objetivo.

O som de Country Joe And The Fish é bem bacana. Os caras fazem blues do bom quando querem fazer, e também conseguem pirar de um jeito bem bacana. Algumas músicas, como "Flying High", "Sad Lonely Times", "Not So Sweet Martha Lorraine" e "Superbird" têm uma pegada mais pop. Outras, como "Bass Strings", "Grace" e "Section 43", são pura experimentação e psicodelia. Gostei bastante de "Death Sound Blues", que me fez pensar em filmes de western, não me perguntem porquê. Talvez tenha sido o som da meia-lua, que me lembrou também aquele chocalho da cobra cascavel. Vai ver eu entrei na vibe do Verão do Amor e viajei também.

Enfim, achei Electric Music For The Mind And Body um disco bem bacana. Gostei bastante da mistura de guitarras distorcidas com órgão. Vale a pena ouvir.

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