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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Black Monk Time | The Monks (1966)



The Monks é uma banda de garagem formada por soldados americanos que estavam servindo na Alemanha em meados dos anos 60. Se apresentavam vestidos de monges e seus cabelos eram cortados à moda franciscana. Inquietos em testar novos timbres e instrumentos, no início faziam covers de Chuck Berry e de bandas britânicas. Até que resolveram experimentar musicalmente. O vocalista e guitarrista Gary Burger disse que:

          "Levou provavelmente um ano para que conseguíssemos o som certo. Nós experimentávamos o tempo todo. Muitos experimentos foram um fracasso total e algumas das músicas em que trabalhávamos eram péssimas. Mas aquelas que mantivemos pareciam ter algo de especial. E elas se tornaram mais definidas com o tempo".

O grupo não fez muito sucesso nos Estados Unidos. Nos anos 90, os integrantes se reuniram para alguns shows, mas não lançaram material novo.


O livro diz que:
Gravado no final de 1965, Black Monk Time é um sério concorrente ao título de "primeiro álbum punk", e, por mais vazia e fútil que essa distinção pareça (afinal, o punk era um movimento contracultural mal-humorado e com um modelo típico, e esses caras eram exilados geopolíticos), o grupo certamente soa mais normal hoje do que em sua época.





Concluindo:
Sabe aquelas coisas que você faz quando não tem ninguém te vendo ou te ouvindo? Então, o disco dos Monks é mais ou menos isso. E é justamente por isso que é tão legal. Talvez se a banda tivesse gravado esse disco nos Estados Unidos, algum produtor fosse interferir tanto nas músicas que a sonoridade da banda ia ficar totalmente diferente. Não ia ter esse jeitão cru, as letras meio nonsense provavelmente seriam mutiladas ou modificadas e a liberdade de experimentação dos caras iria pro saco, com certeza. O som deles lembra um pouquinho o de outra banda de garagem sobre a qual já falei aqui no blog, os Sonics, um pouquinho mais lento, talvez. Não sei se chega a ser "os primórdios do punk", mas acho que está no caminho pra isso. Com certeza é diferente de tudo que vinha sendo feito na época, justamente pela liberdade criativa da banda, que, infelizmente, não foi reconhecida no seu tempo.



Faltam 456 dias.
Faltam 936 discos.

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