Dusty Springfield foi uma grande cantora de soul. Acho estranho dizer que ela foi uma cantora branca de soul, mas, levando em consideração o fato de esse gênero musical ser dominado por negros nos anos 60, talvez o surgimento de uma mocinha inglesa loira e educada em colégio de freiras que cantava como as negras tenha causado uma certa comoção, digamos assim. O importante é que Dusty, com sua voz sensual, chegou a emplacar 18 singles na lista Hot 100 da revista Billboard.
Influenciada pelo soul da gravadora Motown, em A Girl Called Dusty, Dusty Springfield mescla baladas pop com músicas das Shirelles e de Dionne Warwick.
O livro diz que:
É significativo que uma artista branca, naquele tempo, tenha regravado essas músicas com o mesmo calor e espírito agudo dos originais, o que ajudou Dusty a se tornar uma das melhores cantoras de soul da Inglaterra (seu respeito pelo R&B e o soul se estendeu a outras áreas - ela foi deportada da África do Sul naquele mesmo ano por tocar para uma platéia sem segragação).
Concluindo
Dusty Springfield, que vozeirão lindo! E que disco gostoso de ouvir!
A Girl Called Dusty tem algumas baladas pop bonitinhas, como "Wishin' And Hopin'", mas é no soul que Dusty se destaca. Não fica devendo em nada para as Shirelles ou Dionne Warwick, de quem fez alguns covers. Apesar de todas as faixas do álbum serem muito boas, nenhuma se compara a "You Don't Own Me". Dusty solta a voz e canta com emoção, fazendo desta música um hino para muitas mulheres. Fica claro que Dusty Springfield não queria ser apenas uma cantora de canções bonitinhas. Mesmo na capa do disco, ela aperece de calças, com uma camisa jeans e o cabelo meio desgrenhado, em uma época em que as mulheres estavam quase sempre de vestido e com os cabelos muito bem arrumados.
Impossível não dizer aqui que se hoje Amy Winehouse e Adele fazem sucesso foi porque Dusty Springfield abriu o caminho.
Faltam 477 dias.
Faltam 956 discos.
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