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terça-feira, 18 de outubro de 2011

The Atomic Mr. Basie | Count Basie (1957)



Basta olhar pra capa do disco pra saber o que te espera: uma explosão de ritmo. Ok, eu concordo, ficou meio breguinha esse início de post, mas é a mais pura verdade, mesmo que pareça um slogan de propaganda barata.

Bill Basie é chamado de Count devido à sua importância entre os grandes nomes do swing. Se Duke Ellington era o duque, ele era o conde. Nos anos 30, a Count Basie Orchestra era uma das mais importantes big bands da era do swing.

The Atomic Mr. Basie marca o início de uma nova fase gloriosa na carreira de Count Basie. Os anos da II Guerra Mundial tiveram um impacto financeiro considerável na Count Basie Orchestra, com o recrutamento de membros da banda e o banimento de gravações instrumentais de 1942 a 1944. A banda foi dissolvida temporariamente, primeiro em 1948, e depois em 1950 e 1952. As mudanças nos gostos musicais do público também fizeram com que Basie deixasse sua Big Band de lado por uns tempos.

Na verdade, Basie precisava de sangue novo, e foi no arranjador e compositor Neal Hefti que ele o encontrou. Cinco anos depois de seu primeiro trabalho com o grupo, Hefti foi chamado para orquestrar todo o disco que Count Basie lançaria por seu novo selo, Roulette. Nascia assim The Atomic Mr. Basie, um dos melhores álbuns de Big Bands de todos os tempos.

O livro diz que:
"Nunca me gabei de nada", escreveu Basie, sempre modesto, em sua autobiografia, "mas poderia ter me gabado desta banda". Estava certo. Impulsionado pelo saxofonista Eddie "Lockjaw" Davis e um naipe estelar de trompetes liderados por Thad Jones, os 12 instrumentos de metal alternam fogo ("Whity-Bird") e gelo ("After Supper") e dão um efeito efervescente às 11 músicas compostas por Hefti. Mas, como sempre acontece com Basie, o melhor do disco está na sessão rítmica: o baixista Eddie Jones, o baterista Sonny Payne, o guitarrista Freddie Green e o próprio Basie no piano, com seu típico estilo econômico, levam o swing até músicas suaves como "Li'l Darlin'".

Count Basie

Concluindo
Queria ter uma máquina do tempo só pra poder viajar e ver de perto o show de uma das Big Bands que fizeram sucesso dos anos 30 aos 50. Imagino que devia ser algo assim... Incrível!

O disco é muito, muito bom. Alterna a explosão de ritmo que falei lá no começo do post com alguns respiros, caso de "After Supper" e "Spankly". Acho interessante que todas as sessões da orquestra - entrosadíssima, diga-se de passagem - tem sua chance de brilhar. Só pra citar alguns exemplos: o piano de Basie em "Midnite Blue", a bateria de Sonny Payne em "Fantail" e o trompete em "Li'l Darlin'". É a junção de músicos talentosíssimos com as excelentes composições de Neal Hefti que fazem de The Atomic Mr. Basie um dos melhores discos de swing de todos os tempos.

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