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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Birth Of The Cool | Miles Davis (1957)


Impossível falar de Jazz sem falar de Miles Davis. É um dos mais importantes jazzistas da história, e esteve na vanguarda de quase todos os movimentos deste gênero musical desde a II Guerra Mundial até a década de 90, quando faleceu.

As 12 gravações de 1949 e 1950 que compõem Birth Of The Cool são consideradas, como o próprio título diz, o nascimento do Cool Jazz, uma vertente um pouco mais leve e romântica do Bebop.

O livro diz que:
Entrelaçando os tons surdos de seu trompete com os arranjos orquestrais urbanos ao gosto de Gil Evans, Gerry Mulligan e John Lewis, Miles dá forma a um harmônico cool jazz, que bebe tanto da música clássica européia como do hot jazz do bebop ou do ragtime. Seu solo de trompa, sem vibrato, na música de abertura,  "Move", abre o caminho para uma série de poemas em tom impressionista, uma resposta velada ao excesso de acordes do bebop. Mas é uma música cool com balanço: é só ouvir Miles interagindo com o leve sax alto de Lee Konitz em "Jeru".


Miles Davis em ação


Concluindo
Birth Of The Cool é um disco mais intimista. Talvez por isso tenha nascido daí o Cool Jazz: mesmo com os saltos e viradas de ritmo, a música tem uma certa elegância, nunca fica "quente" demais. Miles e sua banda mantém tudo curto, conciso. 

São 11 faixas instrumentais, e uma - incluída em lançamentos posteriores - com o vocal de Kenny Hagood. Pode-se dizer que é um disco "redondinho": nenhuma música longa demais, sem grandes variações de ritmo, sem experimentações. Não é aquele álbum que te faz ter vontade de sair dançando. É algo pra se ouvir curtindo um bom vinho e uma boa companhia. Simples assim. Cool assim.



Faltam 494 dias.
Faltam 989 discos.

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