"Blue Monday, how I hate blue Monday". Já começamos bem, Fats e eu. Já rolou uma identificação. Sim, Fats, eu também odeio a segunda-feira.
Fats Domino é mais um dos artistas que estão entre os 1001 discos que eu não conhecia. Descobri que além de ser uma lenda do Rythm & Blues, ele é conhecido também como um dos pais do Rock'n'Roll, já que sua música "The Fat Man", de 1949, é tida por muitos como a primeira gravação de Rock. Apesar de suas raízes no blues, no R&B e nas várias vertentes do jazz, Domino contribuiu bastante para o surgimento do gênero. Além disso, vendeu 65 milhões de discos e teve mais hit records que Chuck Berry, Little Richard e Buddy Holly juntos. Tá bom pra você?
O curioso é que o próprio Fats não se considerava um "roqueiro", digamos assim. Em uma entrevista, ele disse o seguinte: "Todos começaram a chamar minha música de Rock'n'Roll, mas não era nada além do mesmo rythm & blues que eu tocava em New Orleans".
O livro diz que:
This Is Fats, o terceiro álbum do cantor pela Imperial, foi lançado no auge da carreira de Domino e tornou-se o mais poderoso retrato de sua genialidade, graças a maravilhas do boogie-woogie como "Blue Monday" e "Honey Chile" e as obras primas da tristeza como "So Long" e "Poor, Poor Me".
Concluindo
Gostei do disco. Fats passeia pelo bom e velho Blues de New Orleans, pelo jazz e, por mais que o próprio diga o contrário, tem um pezinho no Rock, sim. O carro-chefe do álbum é sem dúvida a ótima interpretação de "Blueberry Hill", sucesso de Glenn Miller nos anos 40, mas também vale a pena ouvir com atenção a bonitinha "Honey Chile" e a música que citei lá no começo do post, "Blue Monday". "So Long" é um blues da melhor qualidade, daqueles pra ninguém botar defeito, assim como "Poor, Poor Me".
Pra terminar, só um comentariozinho meio inútil, mas que eu não vou conseguir deixar passar: a capa do disco me lembra aquele Saddam do filme do South Park, sabe?
Faltam 497 dias.
Faltam 996 discos.
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