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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Joan Baez | Joan Baez (1960)



Alguém aí lembra de uma cena em Forrest Gump em que a Jenny diz que queria ser como a Joan Baez? Eu lembro.

Aos 18 anos, Baez foi a grande revelação do Newport Folk Festival. Recebeu uma proposta da gravadora Columbia, mas preferiu assinar com o selo independente Vanguard, por acreditar que teria mais liberdade criativa. Em 1960 lançou seu álbum de estreia, com tradicionais baladas folk, blues e lamentos, além de algumas canções infantis da época, todas interpretadas apenas com voz e violão. Apesar da falta de cordas, metais e vocais de apoio, o álbum foi bem recebido pelo público e chegou a ganhar um disco de ouro.

Em 1983, Joan Baez contou à revista Rolling Stone como foi a gravação de seu primeiro disco:

          "Levou quatro dias. Nós gravamos no salão de baile de algum hotel em New York, próximo ao rio. Nós podíamos usar o espaço todos os dias, exceto às terças, porque havia bingo às terças. Era apenas eu sobre um tapete imundo. Haviam dois microfones, um para a voz e um para o violão. Eu apenas toquei o meu set. Era provavelmente tudo o que eu sabia fazer na época. Toquei 'Mary Hamilton' uma vez e foi só... Era assim que fazíamos nos velhos tempos. Desde que um cachorro não corresse pelo salão ou algo assim, estava tudo certo".

O livro diz que:
Este álbum de estreia da cantora, aos 20 anos, consiste de músicas tradicionais, incluindo várias baladas da Inglaterra e dos Estados Unidos - com destaque para Wildwood Flowers" e "House Of The Rising Sun", que serviram como vitrine para a voz vibrante e clara de Baez. Embora ainda não estivesse na linha de frente dos movimentos de protesto, a força, a coragem e a paixão da cantora já aparecem neste álbum inicial, que teve importante papel na revitalização da música folk para as novas gerações.




Concluindo
Não vou mentir: tudo o que eu conhecia da Joan Baez até hoje era uma gravação de "Blowin' In The Wind", que faz parte da trilha sonora do... Forrest Gump! Ok, prometo que não vou mais falar deste filme neste post.

Este disco é mais uma prova de que coisas muito simples podem dar muito certo (como foi o do Jack Elliott).  Não é necessário muito mais do que um violão e a linda voz de Baez pra fazer esse disco funcionar. A versão dela para "House Of The Rising Sun" é a mais bonita que já ouvi. Por incrível que pareça, é singela e forte ao mesmo tempo, como todas as outras faixas do álbum. 

Pra mim, o destaque fica por conta de "El Preso Numero Nueve", canção popular mexicana que Joan interpreta num espanhol perfeito e carregado de emoção, pra Chavela Vargas nenhuma botar defeito.



Faltam 488 dias.
Faltam 977 discos.

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