Não faz muito tempo que falei aqui do Cubop e do Latin Jazz. Hoje vou voltar um pouquinho a este tema, falando sobre Kenya, álbum de Machito.
Francisco Raúl Gutiérrez Grillo - o Machito - foi um influente músico do Latin Jazz, que ajudou a refinar o Jazz afro-cubano e a criar o Cubop e a Salsa. Nos anos 40, formou em New York a banda Afro-Cubans, e com o diretor musical Mario Bauza, conseguiu unir os ritmos cubanos e os arranjos das big bands.
A música de Machito influenciou, entre outros, Charlie Parker e Dizzy Gillepsie.
O livro diz que:
Este álbum, uma joia pouco valorizada, traz audaciosas composições originais e arranjos de Bauza, René Hernandez, que toca piano no disco, Chano Pozo e AK Salim (um destacado compositor de jazz e arranjador). Os convidados especiais Cannonball Adderley, Doc Cheatham e Joe Newman acrescentam o seu talento como improvisadores em riffs elegantes ao longo de refrões curtos, mas belos.
Machito em ação
Concluindo
Apesar do título - Kenya - e das máscaras africanas na capa, acho que este disco tem uma pegada muito mais latina que o Palo Congo, sobre o qual falei aqui recentemente. Embora não tenha a força e o impacto que têm as músicas de Sabu Martinez, as melodias são mais refinadas, mais elaboradas. Pode-se dizer até que são mais elegantes, mais envolventes. Aqui as referências africanas já estão muito mais "latinizadas", digamos assim.
São 12 faixas instrumentais de Latin Jazz da melhor qualidade. Pra mim, o destaque fica por conta de "Blues A La Machito", um Blues meio latino, delicioso de se ouvir. A latinidade de Machito me conquistou completamente!
Faltam 493 dias.
Faltam 988 discos.
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