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domingo, 16 de outubro de 2011

Elvis Presley | Elvis Presley (1956)


Meados dos anos 50 nos Estados Unidos da América. Auge da segregação racial no país: negros e brancos sequer caminhavam no mesmo lado da rua. Little Richard e Chuck Berry já haviam surgido com "Tutti Frutti" e "Maybellene", respectivamente. O rock'n'roll ia crescendo e aparecendo, mas ainda era tido por muitos como "música de negros". Bill Halley talvez tenha sido o primeiro branco a ter algum sucesso se aventurando no ritmo, mas, talvez por já ter passado dos 30 quando o fez, não chamou tanta atenção na época.

Até que surge um caipira do sul do país, bonitão, que canta e dança como os negros. Seu nome: Elvis Presley. Os brancos torceram um pouco o nariz, dizendo que o moço era vulgar. Os negros, por sua vez, achavam que nenhum branco deveria tocar rock'n'roll, já que eles haviam criado o ritmo.

Polêmicas à parte, este álbum do Elvis de 1956 foi nada mais, nada menos que o primeiro álbum de rock a chegar ao topo da parada Billboard, onde ficou por "apenas" 10 semanas. Depois disso, Elvis ganhou fama internacional. O resto é história;

Em pouco mais de 28 minutos, o álbum conta com a clássica regravação que Elvis fez de "Tutti Frutti", do Little Richard (quem nunca dançou essa música, ou nunca soltou um "a whop bop a loom a whop a lop bam boom"? Quem nunca???), além de "Blue Suede Shoes" e "Blue Moon", só pra citar as mais conhecidas.

São nítidas as influências da música country, do bluegrass e do blues. Elvis ainda solta a voz na canção gospel  "I'm Counting On You".

O livro diz que:
... o álbum tem magia, e muita; revoluções já aconteceram por muito menos do que isso. O gospel branco de "I'm Counting On You" e o ressoar nervoso de "I Got A Woman", de Ray Charles, formam uma sequência forte logo no início; perto do fim, encontra-se a versão definitivamente solitária de "Blue Moon". Mas a faixa que se destaca é a impressionante "Trying To Get To You", que coloca Presley um patamar acima de um menino da roça, a caminho de virar uma estrela. É uma gravação inesquecível.



Concluindo
Fico tentando imaginar como foi o surgimento deste álbum nos EUA dos anos 50. Embora o livro diga que "não é nenhuma joia rara", acho que foi um marco não apenas na música, mas também no comportamento das pessoas. Afinal, em algumas emissoras de TV, Elvis era filmado somente da cintura pra cima, assim as jovenzinhas não veriam aquela dança "indecente" dele. Além disso, era um branco fazendo música de negros, algo que, pra época, era  no mínimo subversivo.

Acho interessante como Elvis passeia por diversos ritmos nesse álbum. Em "Money Honey" fica clara a pegada do Blues. Como um bom garoto do sul, Presley não deixa o Gospel de fora, e logo depois do petardo que é "Blue Suede Shoes" vem "I'm Counting On You", talvez pra dar uma acalmada nos ânimos. Mas a minha favorita de todas as 12 faixas do disco é a interpretação singela de "Blue Moon". 

Pra terminar, a cena do Forrest Gump que mostra quem ensinou o Elvis a dançar daquele jeito! rs






Faltam 498 dias.
Faltam 999 discos.

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