Há quem diga que a ideia da criação da guitarra elétrica foi dele. Há quem diga também que ele teve uma influência enorme no blues, no rythm & blues, no rock, no folk, no country...
No final dos anos 50, Muddy Waters deu um novo approach ao blues, com uma banda composta por uma guitarra amplificada, harmônica (a gaitinha...), piano e bateria. Nascia assim o Chicago Blues moderno. Com sua voz profunda, personalidade carismática e o acompanhamento de excelentes músicos, Waters se tornou a figura mais famosa dessa vertente do blues. B.B. King costumava chamá-lo de "Chefe de Chicago".
São do final dos anos 50 e começo dos 60 as melhores gravações de Muddy Waters. Muitas das canções desta época se tornaram verdadeiros clássicos, como "Hoochie Coochie Man", "I've Got My Mojo Working" e "She's Nineteen Years Old", e ganharam versões de várias bandas em estilos variados.
O livro diz que:
Se este álbum apenas representasse o momento em que o blues ao vivo foi convidado a entrar nos lares da classe média, deveria ser lembrado. Se fosse somente o disco que moldou o gosto de Jimmy Page e Eric Clapton pelo som urbano dos Estados Unidos, seria um marco. Mas, depois de 45 anos de vendas consistentes, Muddy Waters At Newport é, em sua essência, o testamento do magnetismo e do sentimento do melhor do blues em estado puro.
Concluindo
Não tenho muito o que falar sobre Muddy Waters At Newport. O disco é excelente? É. Tem motivos de sobra pra ser um dos 1001 discos pra ouvir antes de morrer? Tem. Simples assim. Ou talvez nem tanto.
Seja no clássico "Hoochie Coochie Man" (que tem uma ótima versão do Eric Clapton, aliás), ou na dançante "Tiger In Your Tank", ou no poema "Goodbye Newport Blues", Waters e sua banda mandam muito bem. É uma pena que seja um disco tão curtinho, de apenas 32 minutos. Porque, sinceramente, eu ouviria o blues de Muddy Waters por hoooras, sem reclamar.
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