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domingo, 23 de outubro de 2011

Jack Takes The Floor | Jack Elliott



Jack who? Mais um dos artistas que estão no livro e que eu nunca havia ouvido falar.

Filho de um médico judeu do Brooklyn, Jack Elliott fugiu de casa aos 15 anos para se juntar a uma companhia de rodeio. Foi lá que teve contato com seu primeiro cowboy de verdade, Brahmer Rogers, que cantava, tocava violão e banjo de 5 cordas e recitava poesias. Depois de um tempo, seus pais o arrastaram de volta para casa, para terminar o high school. Foi então que começou a tocar em alguns clubes nos arredores do Greenwich Village (o super cool bairro dos Friends, só pra constar.).

Elliott foi pupilo de Woody Guthrie. Seu violão e o domínio que tinha do material de Guthrie tiveram grande impacto em Bob Dylan, que por algumas vezes foi tido como filho de Jack Elliott, já que este apresentava as canções de Dylan dizendo "Esta é uma canção do meu filho, Bob Dylan". Seu estilo consiste no violão tocado com palheta, combinado com histórias contadas de maneira ora lacônica, ora engraçada, às vezes acompanhado por sua gaita. O jeito forçado e nasalado de cantar foi emulado por Bob Dylan.

O livro diz que:
Este disco é uma faísca no motor da música moderna. Jack Takes The Floor (mais tarde relançado com o nome de Muleskinner) foi gravado sem formalidades na Topic Records, em Londres. Jack inicia cada música com introduções lentas e oblíquas, e só isso já vale o preço do disco. Sua técnica na guitarra era uma aula para os "cantores de folk" que arranhavam as cordas na época, mas também deixou marcas, mais adiante, na música popular em si.


"Pai e filho" juntos:
Dylan e Elliot


Concluindo
Olha, não vou mentir: depois de tanto jazz e um pouco de rock'n'roll aqui e ali, estava precisando ouvir algo diferente. Afinal, com este desafio não tem sobrado muito tempo para ouvir outros discos que não sejam os 1001 do livro.

Jack Takes The Floor é um exemplo de como coisas muito simples podem dar certo. É um disco totalmente despretensioso, gostoso de ouvir. É quase como se você estivesse batendo um papo com Jack Elliott e, de repente, ele resolvesse pegar seu violão pra fazer um som. Country, bluegrass, blues, folk... está tudo lá, até aquele bom e velho yodeling. Soa bem parecido mesmo com as músicas do começo da carreira do Bob Dylan, é impossível não perceber a influência de Elliot nas músicas mais antigas dele.



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