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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Brilliant Corners | Thelonious Monk (1957)



Eu nunca tinha ouvido absolutamente nada do Thelonious Monk. O nome não me era estranho, mas acho que até hoje só havia escutado mesmo seu nome. Pois bem, enquanto escutava Brilliant Corners, fui buscar mais informações sobre o artista do décimo (Yay! Já estou no décimo!) disco dos 1001 que tenho que ouvir.

O que descobri é que Monk é considerado um dos mais importantes jazzistas de todos os tempos, famoso por seus improvisos de poucas e boas notas. É lembrado como um dos criadores do bebop, embora, com o tempo, seu estilo tenha evoluído para algo único, de composições com guinadas melódicas combinadas a linhas de percussão desenvolvidas com abruptos ataques ao piano e uso de silêncio e hesitações. Talvez por conta disso fosse bem visto pela crítica e pelos outros músicos, mas nem tanto pelo público, já que sua música era considerada por muitos algo difícil para as massas.

Com Brilliant Corners, Thelonious Monk finalmente conseguiu sucesso de público e crítica, além de fama e uma sonoridade só sua, que acabou se transformando na sua assinatura.

O livro diz que:
Brilliant Corners marcou seu retorno como um compositor de primeira ordem, acompanhado do quinteto formado pelo sax tenor de Sonny Rollins, o sax alto de Ernie Henry (que morreu cedo e tragicamente), o baixo de Oscar Pettiford e a bateria de Max Roach (o trompetista Clark Terry e o baixista Paul Chambres substituem Harry e Pettiford em "Bemsha"). A faixa título, de cair o queixo, foi a responsável pela necessidade de troca de músicos - era tão difícil que, depois de 25 tentativas, não havia um único take completo.




Concluindo
Brilliant Corners é diferente de tudo que eu já havia ouvido de jazz. É puro experimentalismo. Nas suas composições, Thelonious Monk brinca com as melodias, com mudanças às vezes abruptas de compasso. Pra se ter uma ideia, em "Ba-Lue Bolivar Ba-Lue-Are", há um momento em que a melodia, de certa forma, "cai" completamente, e só se ouve a bateria e o baixo, ambos bem de leve, quase num sussurro. É quase que um silêncio no meio da música.

Acho válido ouvir o disco pra sentir a capacidade criativa de Monk, e o enorme talento não só dele, mas também dos músicos que o acompanham. Pois, se o piano de Thelonious reina soberano em "I Surrender, Dear", o sax de Sonny Rollins parece dar mais vida a algumas das composições, além de ótimos solos de baixo e bateria. O disco soa, pra mim, como uma deliciosa jam session de músicos absurdamente bons.


Faltam 495 dias.
Faltam 991 discos.

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