Stan Getz, saxofonista norte-americano que tocava jazz, um dos principais responsáveis por difundir a bossa nova pelo mundo. Charlie Byrd, guitarrista norte-americano que melhor compreendeu e tocou música brasileira, em especial a bossa nova.
O ano era 1961. Getz estava de volta aos Estados Unidos depois de uma longa temporada na Europa, para onde havia ido na tentativa de se largar as drogas. Charlie Byrd, por sua vez, voltava de uma turnê pela América do Sul carregado de fitas de música brasileira, que saiu distribuindo aos amigos. Foi nesse contexto que surgiu Jazz Samba, o primeiro grande disco de bossa nova na cena do jazz nos Estados Unidos. Foi o começo da febre da bossa nova no país, que teve seu pico em meados dos anos 60. Jazz Samba foi um sucesso, e a versão de Getz e Byrd para "Samba De Uma Nota Só" ganhou o Grammy em 1963.
O livro diz que:
Gravado numa única sessão em uma igreja em Washington DC, o álbum é uma maravilhosa mistura de swing e samba, com o sax de Getz emendando uma faixa na outra. Uma estrela do jazz no final dos anos 40, o saxofonista teve problemas com drogas e havia acabado de voltar aos Estados Unidos, depois de muitos anos na Europa, quando "Desafinado" virou um hit galopante. O sucesso do disco e as cada vez mais populares gravações de bossa nova de Getz com João e Astrud Gilberto transformaram o gênero brasileiro numa força comercial, numa época em que a energia inicial do rock'n'roll havia se dissipado em um pop descartável, e os Beatles ainda estavam plantando as sementes de sua música em Hamburgo.
Stan Getz, Joe Byrd e Charlie Byrd
Concluindo
É inegável o talento de Stan Getz e de Charlie Byrd. O sax de Getz parece ter sido feito na medida certa para a bossa nova, e o violão de Byrd às vezes tem um quê de cigano que dá um tempero todo especial à música.
Maaaaaas...
Não achei Jazz Samba tão bom assim. Acho que talvez tenha sido porque a bateria me irritou um pouco. Ela soa como um sintetizador em todas as músicas, e isso me incomodou bastante. Talvez se fosse apenas o sax de Getz e o violão de Byrd, eu tivesse gostado mais. A música que mais gostei do disco foi "Samba Dees Days", que foi composta pelo próprio Charlie Byrd e onde a mistura entre jazz e samba parece fazer sentido, afinal.
O disco conta com versões instrumentais de "Desafinado", "Samba De Uma Nota Só" e "O Pato", todas músicas que eu adoro, mas que aqui não curti tanto. Para os meus não tão apurados ouvidos, soa como samba pra gringo ouvir. Meio artificial, sabe?
E já que falei de "O Pato", resolvi terminar este post de maneira divertida, com uma tirinha do meu amigo Cayo Cândido Rosa, dono do blog Iudú. Vale muito a pena ler as tirinhas do Cayo, sempre com uma visão interessante e divertida de situações do cotidiano. Espero que curtam tanto quanto eu!
Faltam 483 dias.
Faltam 968 discos.
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